quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pavão, pato ou pardal?

Bem, pavão acho que não sou. Não tenho o hábito de me pavonear que sei fazer ou de me pavonear que faço ou aconteço. Não ando toda pomposa, toda galante e sem falar para as pessoas. Falo. Falo para a rica e para a pobre. Falo para licenciada e para a que se ficou pela antiga 4º classe. Falo para o doutor e para a senhora da limpeza. Falo. Falo e rio-me. Ok, posso não cumprimentar sempre as pessoas com dois beijos, mas falo; cumprimento-as com um 'Olá' o mais sorridente e sentido possível, o que, às vezes, vale mais do que dois beijos. Depois, também não acho que seja daquelas pessoas que sabe tudo. Costumo pedir muitas vezes ajuda para os mais variados assuntos. E, o mais importante!, não tenho problema com isso. Por isso, não, pavão não sou. Até porque o pavão só sabe mesmo pavonear-se. Tem aquele aspeto lindo mas serve apenas para isso. É ave, mas nem voa!
 
Mas temos momentos na vida em que pensamos em exagero. Pensamos demais. E neste momento, não sei no que me estou a tornar. Se num pardal. Que, embora só saiba voar, fá-lo com elegância e classe. É inteligente, independente, livre, não se deixa apanhar. Se num pato que sabe fazer três coisas: voar, andar e nadar. E não faz nenhuma delas bem a 100%.
 
Isto tudo para dizer que, neste momento, no meu cérebro há um turbilhão de pensamentos e não sei se hei de investir numa área nova, na mesma em que já investi ou em nenhuma e deixar estar o dinheiro onde está e 'esperar para ver' mais uns tempos. Por um lado, queria tirar um curso numa nova área (dentro da medicina dentária, claro) - talvez me abrisse novas portas. Por outro, tenho medo de estar a alargar de mais os meus horizontes, sem me concentrar numa área especifica e de estar a fechar as poucas janelas que ainda se poderão ir abrindo. Tenho medo de divagar, de querer saber fazer de tudo e de no fim, não saber fazer nada afinal. Mas concentrando-me numa área não estarei também a limitar muito o meu raio de ação?
 
 
 

2 comentários:

  1. O saber não ocupa lugar, como diz o povo. Há sempre espaço para saber mais, e na sociedade atual é cada vez mais importante sermos completos. Obviamente é impossível ser-se especialista em tudo, mas é possível ser-se bom ou muito bom em várias áreas...

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