Já toda a gente sabe que tenho medo de voar. Tenho, pronto; isso não é novidade para ninguém. Mas, teimosa como sou, parece que gosto de sofrer e de nadar em suores frios. É que até tenho vários meios de transporte ao meu dispor para ir até Mira, mas enfio-me sempre num avião - sim, aterro por lá no campo de futebol! - ainda por cima lowcost, que aquilo mais parece um galinheiro ou uma lata de sardinhas do que um avião. E o mais estúpido: quanto mais voo mais medo tenho. Devia ser ao contrário, não? Devia ganhar segurança e ficar cada vez mais tranquila à medida que vou voando e aquele monte de latas com asas se mantém lá em cima nas nuvens todas as vezes. Mas não. Cada vez mais, ao mínimo tremelico lá estou eu a olhar para as hospedeiras para ver se está tudo nos conformes. Sim, desenvolvi esta técnica: a de olhar para as hospedeiras. À partida, se elas andam descansadas da vida de um lado para o outro da cabine é porque está tudo tranquilo e só eu é que estou com as minhas paranoias. Ou isso, ou disfarçam bem, aquelas desgraçadas! A verdade é que nem tenho motivos lógicos para ter medo. Nunca apanhei assim um suuuuusto por aí além. Nunca estive num voo onde foi preciso aterrar de emergência, nunca me caíram aquelas máscaras de oxigénio todas, tal qual um filme de terror, nunca apanhei um voo em que um dos motores tivesse avariado lá em cima. É óbvio que já apanhei muitas vezes turbulência, já tive aterragens que achava que o avião não ia aguentar e que se ia despedaçar em mil bocadinhos, tal foi a força com que embateu na pista, já tive uma situação em que achava que nem sequer ia levantar e que ia ficar esborrachada contra um penhasco na Ilha da Madeira mas, tirando isso, nada de extraordinário. Até porque tenho perfeita noção que, na maioria das vezes, sou eu a exagerar tudo! Aliás, a primeira viagem que fiz até correu muito bem, tirando o facto de à vinda o voo ter atrasado uns 40 minutos por avaria e depois ter aterrado ainda antes da hora prevista, caso não tivesse sequer atrasado - devemos ter vindo à velocidade da luz e ninguém deu por isso! Ou seja, não tive uma má experiência para ficar traumatizada e desenvolver esta paranoia. Mas desenvolvi, pronto. A sorte é que também não fico em casa só porque tenho medo de me enfiar naquilo. Vou sempre onde tenho que ir. Até porque as estatísticas dizem que há maior probabilidade de ter um acidente de carro do que de avião. Mas às vezes, convém não nos fiarmos a cem por cento nas estatísticas que elas são peritas em tramar-nos à falsa fé. Deve ser por isso que tenho medo. Ou isso ou então é por ter vertigens e só de pensar que estou lá em cima fico logo co taquicardia. A minha sorte é que tenho a sensação que se me acontecer alguma coisa numa viagem começo logo a 'sincopar' e nem dou conta do resto. É o que me vale!
Isto tudo para dizer que hoje, por volta das 20h15min, me vou enfiar mais uma vez num galinheiro da Ryanair e lá vou eu vou até ao Porto para, neste fim de semana, visitar as minhas pessoas. E já estou a panicar!
(fico mais ou menos assim!)
viaja com a TAP e és tratada com todas as mordomias!!!
ResponderEliminarOlha se eu fosse outra, pois voaria. Mas como não sou, fico me pelas viagens mais baratas. ;)
EliminarSolução: http://www.youtube.com/watch?v=DaJOeLuUD94
ResponderEliminarEra assim que punham o Mr. T a voar de avião... (Esquadrão Classe A, do you remember?) Experimenta! Nem vais dar conta da viagem...
Tenho um familiar que tomou um 'calmantezito' na sua ultima viagem para França e passado 15 minutos de o ter tomado não tem mais nenhuma memória da viagem! Já só se começa a lembrar qndo já está em Paris a tomar o pequeno almoço. XD e parecia que tinha sido drogada com oxido nitroso.
EliminarPrefiro passar por todas as minhas paranoias!