sexta-feira, 27 de junho de 2014

Nem sempre podemos estar bem.

Não podemos estar bem todos os dias. Não dá para sermos felizes todos os dias. Não faria sentido. No meio dos dias felizes, tem que existir um dia ou outro mais cinzento. Também para depois, quando o céu voltar a estar limpo, sem nuvens, podermos dar valor a essas cores mais fortes que nos alegram. Mas quando me calham estes dias de tédio e de angústia na rifa, saiam! Nem se atrevam a chegar perto. É assim que tenho estado nos últimos dias. Faltam-me muitas coisas. Cheguei à conclusão.  E essa falta cria um vazio enorme dentro de mim. E se há dias em que consigo lidar com isso e tirar partido das outras tantas coisas que tenho e que vão preenchendo a minha vida, outros há em que só vejo aquilo que me falta. E, neste momento, é só isso que eu vejo, não quero nem pensar no resto. Neste momento, falta-me a minha mãe e o meu pai, a minha avó,  a minha madrinha e o meu cão.  Falta-me o meu sofá onde me posso deitar (sim, até isso me falta!),  o meu quarto infantilóide com as paredes pintadas de laranja fluorescente e cheio de cor, tal qual o quarto de uma adolescente,  não tivesse ele sido decorado a última vez nessa altura. Opa, hoje falta-me tanta mas tanta coisa! E, apesar de estar um dia de verão,  não há maneira de o Sol brilhar e colorir os meus dias.

Sem comentários:

Enviar um comentário