terça-feira, 24 de setembro de 2013

Das paranóias (parte II)

Eu tento, juro que tento. Mas depois o avião treme por todo o lado. E tem momentos que me dá a sensação que vamos cair a pique. E depois, ao aterrar, há vezes em que temo sinceramente que o trem de aterragem falhe. E não é fácil manter a calma. Não para mim! Eu tento, juro que tento! Até um livro levo para descontrair. Mas depois dou por mim com os braços esticados e apoiados com quanta força tenho no apoio das costas do banco da frente. Lá devo achar que assim não caio, ou algo do género. Ou então, mantenho-me firme e hirta encostada ao banco e de olhos fechados. O que os olhos não veem, coração não sente, não é? E com isto tudo, tenho vários ataques cardíacos ao longo do voo. E sinto que o meu coração não aguenta muito mais. Será que não posso fazer uma viagem serena e tranquila uma vez na vida? Hoje estava a ver que não saía do Porto! Ou então sou só eu a exagerar...

Sem comentários:

Enviar um comentário